Ricardo Rio visitou “Ormia”


Câmara Municipal não investe nos espaços de acolhimento Empresarial


No seguimento de uma série de contactos com o tecido empresarial do concelho, Ricardo Rio, líder dos “Juntos Por Braga”, visitou a empresa “Ormia – Construções Mecânicas Lda.”. A visita teve como intuito conhecer mais detalhadamente o trabalho que a empresa desenvolve e compreender as necessidades da mesma. Sérgio Reis, sócio-gerente, acompanhou Rio durante a visita.

Como explicou Sérgio Reis, a Ormia dedica-se ao fabrico de peças e acessórios normalizados e de peças específicas, tendo ainda a componente de prestação de serviços de engenharia e fabrico para empresas externas. “Cerca de 90% da nossa produção é direcionada para o mercado externo, dadas as dificuldades que se estão a sentir no mercado nacional”, referiu, sublinhando que a exportação é o melhor caminho para o crescimento.

Na ocasião, Ricardo Rio mostrou-se profundamente agradado com a enorme vitalidade, dinâmica e capacidade de inovação demonstradas pela Ormia, que devido a esses fatores tem conseguido conquistar o seu espaço nos mercados. “Esta é uma empresa que, à semelhança de tantas outras, merece todo o apoio por parte da autarquia, não só pelo volume de negócios que apresenta, mas sobretudo pelo número de trabalhadores que emprega”, salientou.

Segundo o sócio-gerente da Ormia, a forma como o Parque Industrial de Celeirós, onde estão sediados, está a ser gerido impede a empresa de se expandir. “A dimensão do atual espaço é muito reduzida para a realidade da empresa e pretendemos expandir instalações. Infelizmente, os preços que estão a ser pedidos impedem qualquer pessoa, com alguma consciência empresarial, de se aventurar. Há muita especulação imobiliária e essa é uma grande condicionante ao nosso crescimento”, sublinhou, adiantando ainda que existem outros parques industriais na cidade que praticam preços substancialmente mais económicos: “Este parque está com cerca de metade da sua ocupação, isto num momento em que existem empresas de Braga que se deslocam para parques muito menos centrais devido à especulação imobiliária. É algo a repensar, principalmente porque estes espaços devem existir para ajudar as empresas e dinamizar a economia”.

De acordo com Ricardo Rio, este tipo de queixas e constrangimentos por parte das empresas são “demasiado recorrente” em Braga. “Viola o princípio da criação destes mesmos parques o facto de existirem empresas que pretendem concretizar projetos de expansão e são impedidas de o fazer por força da especulação que encarece os espaços”, afirmou. O líder dos “Juntos Por Braga” lembrou ainda que outros dos problemas com que o parque se debate dizem respeito às fracas acessibilidades e dificuldades de estacionamento, que também condicionam o desenvolvimento da atividade das empresas que laboram no parque.

Outro fator negativo com que a Ormia se debate diariamente diz respeito à dificuldade na realização de comunicações. “Este é um fator essencial nos dias que correm para uma empresa que queira ser competitiva. Acessos mais convencionais como o cabo não chegam ao Parque, obrigando as empresas a fazerem investimentos avultados em equipamentos 4G. Queremos comunicar com os clientes, queremos ser competitivos e para isso precisamos de boas comunicações”, referiu.

A concluir, Sérgio Reis salientou que espera que no próximo ciclo de gestão municipal se alterem muitos aspetos na relação com as empresas e à própria qualidade de vida na cidade.

This entry was posted on 16 de agosto de 2013. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

Leave a Reply