Grupo Folclórico reclama mais apoios e atenção por parte dos
organismos públicos
Ricardo Rio, líder dos “Juntos Por Braga”, assistiu a um ensaio do Grupo Folclórico de S. Martinho de Tibães, tendo de seguida reunido com alguns elementos da direção. Esta iniciativa foi uma oportunidade para conhecer de forma mais aprofundada o funcionamento do grupo, que se dedica a divulgar as raízes e a cultura do povo de Mire de Tibães, e os obstáculos com que este se depara. José Magalhães, candidato dos “Juntos Por Braga” à Junta de Freguesia de Mire Tibães, esteve também presente nesta visita.
Na ocasião, Rogério Mendes, vice-presidente da coletividade, salientou que o Grupo Folclórico, fundado em 1981, vive com inúmeras dificuldades, sobretudo no que se refere ao espaço para ensaiarem e guardarem o material. “Gostaríamos de ter um local com mais condições para desenvolvermos a nossa atividade e garantirmos a continuidade do grupo. O nosso sonho é termos uma sede onde possamos ensaiar e guardar os nossos instrumentos, lembranças, etc.”, salientou, lembrando que atualmente ensaiam e guardam o material num espaço cedido pela Junta de Freguesia, mas que não dispõe de condições condignas para o grupo trabalhar.
O vice-presidente afirmou ainda que os apoios que o Grupo Folclórico recebe são reduzidos, o que obriga a uma constante ginástica financeira de forma a poderem continuar a desenvolver a sua atividade de forma regular. “Somos chamados para abrilhantar várias festividades, mas o pagamento não cobre os gastos. Os trajes e os instrumentos são caríssimos, o que torna o nosso trabalho mais complicado. Mas vamos conseguindo encontrar outras formas de angariar fundos e até ao momento isso tem-nos permitido continuar”, sublinhou, lamentando os “baixíssimos” apoios da Junta de Freguesia e da própria Câmara Municipal.
De forma a inverter esta situação, Ricardo Rio e José Magalhães assumiram o compromisso de procurar as melhores soluções para que o Grupo Folclórico possa dispor de todas as condições para crescer e darem seguimento ao seu trabalho. “Da nossa parte, tudo faremos para garantir que não são esquecidos e que estarão cada vez mais integrados na vida cultural da cidade, carregando a história, as tradições e os saberes da nossa terra”, garantiu Rio.
Grupo Folclórico desempenha papel social “determinante”
Por seu turno, Ricardo Rio sublinhou que este tipo de coletividades é essencial para preservar as tradições culturais e para desenvolver o sentido de comunidade e a ligação entre as pessoas. “É através da participação neste tipo de grupos que se desenvolve o espirito coletivo e se fortalecem laços de amizade e solidariedade. Sabemos bem do valor do vosso trabalho, que não pode ser ignorado nem menosprezado”, afirmou Rio, falando diretamente aos elementos do Grupo Folclórico.
Nesse sentido, Rogério Mendes referiu que é preciso ter em atenção que o Grupo Folclórico, formado por 44 elementos, desempenha um papel social determinante nesta comunidade. “Efetuamos um trabalho social que considero ser digno de registo, porque para muitas das pessoas que aqui estão, o grupo folclórico é o único meio de saírem de casa e afastarem a solidão. Algumas pessoas não têm família, outras não possuem meios de transporte e outras ainda têm mobilidade reduzida. Através do grupo, têm a possibilidade de sair e visitar outros locais, saindo um pouco da rotina”, considerou, enfatizando que no que se refere aos mais jovens, o grupo é uma forma de os desviar de caminhos perigosos e de os desenvolver culturalmente.
Por fim, o vice-presidente afirmou que tem esperança de que, no futuro, os organismos públicos dispensem uma maior atenção e apoio ao grupo. “Estou confiante de que o próximo ciclo de gestão autárquica trará melhorias neste aspeto. Atualmente, sentimo-nos abafados e à parte, como se não tivéssemos qualquer valor. É algo que conto muito que se altere”, concluiu.