Câmara Municipal cria “inúmeros” obstáculos à expansão das empresas do
concelho
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Ricardo Rio, líder dos “Juntos Por Braga”, acompanhado por alguns dos candidatos à vereação, visitou a empresa “Ambiflora – Serviços de Silvicultura e Exploração Florestal Lda”, dando seguimento a uma serie de contactos com o tecido empresarial do concelho. Hélder Ventura e Regina Cláudia Brito, administradores da empresa, acompanharam Rio durante esta iniciativa.
Como explicou Hélder Ventura, a Ambiflora nasceu em 2003 com o intuito de contribuir para a concretização de medidas aplicadas à floresta, e tendo em conta as crescentes preocupações com a gestão e produção florestal. “Somos uma empresa líder de mercado no sector da Silvicultura e Exploração Florestal. Entre outros serviços, desenvolvemos infraestruturas florestais e projetamos, plantamos e tratamos de terrenos. Empregámos, de forma direta ou indireta, cerca de 200 trabalhadores”, afirmou.
Segundo o administrador, desde o arranque que a empresa procura junto da Câmara Municipal de Braga obter autorização para construção de instalações com mais condições noutro espaço. “O projeto de mudança de instalações deu entrada no Município em 2003, mas infelizmente tem-se vindo a arrastar. O terreno onde queremos construir é estratégico, porque a empresa também produz plantas e precisa do Rio que corre ao lado para trabalhar” reiterou.
Por seu turno, Ricardo Rio refere que a Ambiflora, uma empresa “prestigiada” e “conceituada” dentro do seu sector, é mais um “amargo” exemplo da falta de apoio e de acompanhamento da Autarquia às empresas do concelho. “O executivo municipal cria inúmeros obstáculos para a concretização dos projetos de expansão. Essa é uma realidade que tem de se alterar rapidamente”, considerou, lembrando que empresas como a Ambiflora criam vários postos de trabalho e potenciam a economia local: “Estes entraves são um convite às empresas a abandonarem o concelho de Braga. Este exemplo é demonstrativo da forma perfeitamente irresponsável como a autarquia tem conduzido esta logica de relacionamento com o tecido empresarial”.
Hélder Ventura esclareceu que o arrastar do processo na autarquia já teve “inúmeros” custos para a empresa. “O processo atrasou-se ainda mais porque, algures em 2008, se perdeu, de forma literal, na Câmara Municipal. Este episódio denota bem a forma desleixada como o assunto está a ser tratado por parte da autarquia”, criticou.
Para o candidato à Camara Municipal de Braga, este é mais capítulo para juntar ao extenso rol de queixas que lhe têm sido apresentadas pelas empresas. “A autarquia, mais do que não criar mecanismo de incentivo para a fixação das empresas, é ainda um elemento perturbador do seu funcionamento”, sublinhou.
A concluir, o administrador da Ambiflora mostrou-se confiante no futuro, expressando a sua confiança de que o próximo ciclo de gestão autárquica traga novas ideias e novas visões para o concelho. “Precisamos de uma mudança no cenário das coisas e de uma outra sensibilidade para os problemas empresariais”, finalizou.