Instituição é uma referência na cidade no apoio à infância e terceira idade
No seguimento de um ciclo de contactos com diversos agentes que atuam na área social, Ricardo Rio, líder dos “Juntos Por Braga”, visitou a Irmandade de Santa Cruz. Carlos Vilaça, Provedor da instituição, acompanhou Rio durante esta iniciativa.
Como explicou Carlos Vilaça, a Irmandade de Santa Cruz, fundada em 1581, tem atualmente a funcionar as valências de Lar de terceira idade e Centro de Dia, assim como Infantário, Berçário e Pré-primária. “Acolhemos cerca de 100 idosos e mais de 125 crianças, pelo que somos um dos maiores apoios à terceira idade e infância no concelho”, afirmou, garantindo que existem “inúmeras” dificuldades em gerir uma instituição que lida diariamente com tantos utentes e que conta com vários colaboradores: “É muito complicado gerir uma casa destas, porque estamos a atravessar um período de grandes dificuldades para as famílias e há utentes que pagam valores muito baixos. A manutenção é complicada, mas temos feito uma ginástica muito grande e até ao momento a situação está estável”.
Na ocasião, Rio salientou que a Irmandade de Santa Cruz é uma referência na cidade em termos de qualidade do apoio social que presta. “Esta é uma instituição com grande tradição e que trabalha sempre em prol da comunidade que serve. Até pela sua dimensão e pelo elevado número de crianças e idosos que recebe, merece o reconhecimento e apoio da população e dos organismos públicos”, sublinhou.
O Provedor da Irmandade afirmou que, no futuro, pretende manter, e se possível aumentar, o número de utentes da instituição, assumindo a ambição de ampliar as instalações do lar, de forma a acolher mais idosos. “A nível da terceira idade, as respostas são mais escassas e temos lista de espera, tal como acontece em diversas instituições. Gostaríamos de alargar as instalações e aumentar a capacidade do lar, mas sabemos que isso só será possível se estiverem reunidas as condições para podermos avançar com segurança para a concretização do projeto”, declarou.
Por seu turno, Ricardo Rio defendeu que as IPSS´s merecem um maior apoio e cooperação por parte da autarquia, que tem a obrigação de estar mais atenta aos problemas que as afetam. “Instituições como a Irmandade de Santa Cruz assumem um papel determinante no auxílio às populações, ainda mais num momento em que se avolumam as dificuldades económicas e sociais. Cabe à Câmara Municipal a responsabilidade de cooperar com as IPSS´s, estando aberta ao diálogo e trabalhando em ambiente de proximidade”, garantiu.
Nesse sentido, Carlos Vilaça assegurou que gostaria que o próximo ciclo de gestão municipal trouxesse uma maior abertura da autarquia para colaborar ativamente com a instituição. “Não pedimos dinheiro, porque sabemos que isso é muito difícil, mas há muitos aspetos onde se pode efetuar um trabalho excelente sem se gastar um cêntimo. O que é necessário é existir vontade de fazer”, considerou.