Ricardo Rio pretende maior colaboração da autarquia com Habitat para aumentar intervenções no concelho

Ricardo Rio visitou “Habitat For Humanity”


Ricardo Rio, líder dos “Juntos Por Braga”, visitou a Habitat For Humanity Portugal, uma organização não-governamental (ONG) que se dedica à construção de casas a baixo custo para pessoas carenciadas, lutando assim para erradicar a pobreza habitacional. A filial portuguesa desta ONG, que funciona em cerca de 80 países, está sediada em Braga, sendo que é neste distrito que efectuam grande parte das intervenções. Helena Pina Vaz, presidente da direcção, recebeu Rio durante esta iniciativa.

Como explicou Helena Pina Vaz, a Habitat não tem fins lucrativos e recorre ao voluntariado e aos donativos para conseguir construir de raiz ou reabilitar habitações em estado muito degradado. “Estamos em Portugal desde 1996 e temos 53 casas entregues. Este número só não é maior porque é nossa política efectuar intervenções de qualidade e que requerem mais tempo, dotando as casas de exactamente as mesmas condições que qualquer habitação normal”, referiu.

Segundo Helena Pina Vaz, é importante que os organismos públicos colaborem com a Habitat no processo de sinalização de pessoas com carências nas suas habitações. “Tendo em conta os nossos recursos limitados, se tivermos o dossier já preparado é mais fácil ir ao encontro das pessoas e estabelecer prioridades para iniciar um novo projecto. Seria uma colaboração muito útil para nós se a Câmara Municipal ou as Juntas de Freguesia, instituições mais conhecedoras da realidade das populações, nos fizessem chegar os casos onde a nossa intervenção se pode aplicar”, enfatizou, indicando que essa falta de apoio é um dos motivos pelo qual a Habitat não tem efectuado obras no concelho de Braga: “Se nos são sinalizados problemas noutros concelhos, como Vila Verde, Barcelos, Amares, etc., é natural que sejam esses os locais onde mais vamos actuar”.

Nesse sentido, Ricardo Rio assegurou que, no próximo ciclo autárquico que vai liderar, a Câmara Municipal irá desenvolver uma política de muito maior proximidade com as instituições que trabalham nesta área. “Temos de saber aproveitar o fantástico auxílio que esta ONG dá aos mais carenciados, proporcionando a muitas pessoas uma oportunidade única e irrepetível de possuírem uma habitação condigna, mudando a sua vida para muito melhor. É nossa intenção conjugar esforços com a Habitat de forma a aumentarmos o número de intervenções no concelho”, assegurou.

A Habitat necessita também de uma sede maior e de um armazém onde possa guardar materiais e outras ofertas, que actualmente não possui. “A situação ideal seria continuarmos a ter um escritório no centro da cidade, para os Bracarenses sentirem a nossa presença e para facilitar o acesso às pessoas que vêm pagar mensalidade da casa ou pedir ajuda. Vamos ver se essa solução será possível”, desabafou.

A este respeito, o líder dos “Juntos Por Braga” declarou que irá fazer o que estiver ao seu alcance para que a Habitat possa permanecer no centro da cidade. “Faremos tudo para que a Habitat permaneça no centro, porque compreendemos que isso leva a que a divulgação do seu trabalho seja mais eficaz e a facilidade de acesso maior”, reforçou.

Por ano, esta ONG recebe cerca de 300 voluntários, a maior parte estrangeiros. “Os voluntários internacionais são muito importantes não só pela mão-de-obra que representam, mas sobretudo pelo donativo que fazem e que nos permite manter a associação em funcionamento”, sublinhou, indicando que os voluntários locais apenas precisam de disponibilizar o trabalho. “Gostaríamos de ter uma rede mais representativa de voluntários portugueses, o que nos permitiria uma maior autonomia da nossa filial. Esperemos que também ai possa ser feita pela autarquia uma promoção maior da nossa actividade”.

De forma a se poder receber o apoio da Habitat, é necessário que as pessoas possuam o terreno onde a casa possa ser construída ou remodelada e que não tenham possibilidade de acesso ao crédito bancário, nem de adquirir uma casa aos custos do mercado habitacional. “Aos beneficiados, é pedido que paguem os custos reais da construção, de forma faseada e sem juros, e que trabalhem activamente com os voluntários durante o período de obras”, concluiu.

This entry was posted on 12 de setembro de 2013. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

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