Braga deve aproveitar o Artesanato do ponto de vista histórico e económico

Ricardo Rio visitou Associação dos Artesãos do Minho


Inserido num ciclo de contactos que os “Juntos Por Braga” têm vindo a promover com diversos agentes, Ricardo Rio visitou a Associação dos Artesãos da Região do Minho. José Torres, Presidente da Direcção e sócio fundador da associação, acompanhou Rio durante esta iniciativa.

Como explicou José Torres, a associação tem como principais objectivos a divulgação e promoção do artesanato e a defesa das condições socioeconómicas dos artesãos. “Desenvolvemos a investigação e a procura do artesanato tradicional minhoto e impulsionamos a venda do mesmo. Ajudamos a abrir portas para a comercialização e institucionalização do próprio artesão, sendo que tratamos também do processo de obtenção da carta de artesão”, revelou, afirmando que entre outras actividades pontuais, a associação promove, de quarta-feira a Sábado, os seus produtos através de uma actividade de rua no centro da cidade.

De acordo com o candidato à Presidência da Câmara Municipal, Braga é uma cidade onde existe ainda um vasto historial de ligação às diversas artes e ofícios que deve ser respeitado e aproveitado. “O artesanato tem um peso importante do ponto de vista etnográfico e histórico, mas tem também um peso económico muito relevante. Entendemos que devem ser desenvolvidas várias iniciativas de cooperação com as entidades que actuam directamente nesta área”, salientou, enaltecendo o trabalho meritório de promoção, divulgação e agilização dos canais de distribuição do artesanato que tem vindo a ser desenvolvido por esta Associação.

Nesse sentido, Rio sublinhou que é importante reforçar a colaboração da autarquia para que se possa potenciar a rentabilização da actividade destes artesãos e, ao mesmo tempo, desenvolver actividades de animação crescente na cidade. “Esta associação tem participado em diversas actividades em Braga, como recentemente aconteceu no Festival Castro-Galaico, e queremos que essa participação seja cada vez maior e repercutida por diversas zonas do concelho”, afirmou, notando que esse factor seria positivo tanto para os profissionais, que teriam oportunidade de rentabilizar mais o seu trabalho, como para a cidade, que usufruiria dessa arte e da animação dai decorrente.

Por seu turno, também José Torres defendeu que deveria haver uma maior interligação entre a Câmara Municipal e o movimento associativo. “Gostaríamos que houvesse um maior intercâmbio de ideias e que tivéssemos do outro lado um interlocutor mais assertivo e definidor de metas e tarefas, até porque o nosso trabalho acaba por promover o próprio concelho”, garantiu, adiantando que a criação de uma rede de trabalho com as várias associações daria origem a sinergias que poderiam potenciar ainda mais as actividades efectuadas.

O Presidente da associação enfatizou que é urgente mudar algo para que o artesanato tenha condições para sobreviver. “Como é óbvio, o artesanato está a sofrer as consequências da crise que está a afectar toda a nossa sociedade. Mas acreditamos que com um maior investimento no turismo e na promoção das artes e ofícios antigos, esta situação se pode inverter. É fundamental ponderar e optar pelos melhores caminhos, porque algo tem de se fazer para preservar esta actividade tão nobre”, alertou.

Por fim, o líder dos “Juntos Por Braga” elogiou a ideia expressa pela associação de criar uma Escola de Artes e Ofícios que possa transmitir os conhecimentos às gerações futuras. “É essencial para o futuro da actividade que estes saberes não sejam abandonados nem perdidos. Vemos com muito bons olhos a ideia de criação de uma escola que possa servir como garante da continuação desta tradição no futuro”, concluiu. Sobre este tema, José Torres afirmou que espera que até ao final deste ano se consigam reunir as condições para que a Escola dê os primeiros passos.

This entry was posted on 17 de julho de 2013. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

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