Colaboração da Câmara Municipal com as IPSS´s de Braga deve ser aprofundada


Ricardo Rio visitou UDIPSS



Inserido num ciclo de contactos com agentes que actuam na área social, e cujo objectivo passa por desenvolver uma política de diálogo e proximidade, Ricardo Rio reuniu com a direcção da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Braga (UDIPSS). Manuel Lomba, Presidente da UDIPSS de Braga há 12 anos, esteve presente na reunião com o líder do “Juntos Por Braga”.

Como explicou Manuel Lomba, a UDIPSS funciona como uma união de base local das instituições particular de solidariedade social (IPSS) e prossegue fins não lucrativos. No desenvolvimento das suas actividades, a instituição rege-se pelos princípios da “democracia, da representatividade e da descentralização”. “No distrito de Braga, damos apoio de ordem técnica a 289 instituições, o está muito perto de ser o universo completo e é um número bastante significativo”, garantiu.

De acordo com Rio, existem múltiplas oportunidades de colaboração e aprofundamento das relações entre a autarquia e as várias instituições de cariz social no concelho que não estão a ser aproveitadas. “Até ao momento, esta é uma relação que está aquém daquilo que seria desejável, o que acaba por penalizar bastante o próprio desempenho destas instituições e o apoio dado às populações mais fragilizadas, como as crianças, os idosos ou os portadores de deficiência” salientou.

Para o candidato à Presidência da Câmara Municipal de Braga, a Câmara Municipal de Braga pode e deve ter uma postura mais pro activa na colaboração com as IPSS em diversas áreas. “Do ponto de vista financeiro, a autarquia pode reduzir os encargos destas instituições através da aplicação de preços mais baixos em alguns tarifários municipais, como é um bom exemplo o caso da água”, afirmou,

Nesse sentido, Manuel Lomba notou que as IPSS, quase sem excepção, estão a viver um período de grandes dificuldades financeiras. “Como é natural, a crise que atravessamos afecta muito as famílias e, por consequência, as instituições sociais. É natural que os meios não sejam suficientes para tudo e a ajuda da autarquia no aliviar dos encargos financeiros seria importante. Mas apesar dos obstáculos, cá estamos para tentar ajudar os mais carenciados a resolver os seus problemas e a ter maior qualidade de vida”, sublinhou.


Colaboração com autarquia ultrapassa vertente financeira

Ricardo Rio lembrou de seguida que as hipóteses de colaboração com o executivo municipal estão longe de se esgotar na vertente financeira: “Também em termos de colaboração ao nível de outros projectos que podem ser desenvolvidos a autarquia deve ter um papel crucial, tanto na disponibilização de recursos técnicos, centralização de alguns esforços na angariação de voluntários e angariação de recursos materiais e financeiros; como na criação de bancos de medicamentos e centrais de compras para determinados tipos de serviço. Tudo isto deve ser englobado numa óptica de parceria e simplificação do serviço social fundamental que é desempenhado por todas estas instituições que existem em Braga”.

Manuel Lomba acrescentou que o caminho passa também pela melhor articulação da rede social e pela fomentação de um maior sentido de colectivo e de comunidade nas próprias instituições, e esse é outro dos aspectos onde considerou que a autarquia deve ter um papel relevante. “Sempre defendi que o princípio de solidariedade deve existir entre as várias IPSS´s. Nesse ponto, tanto a autarquia como, noutro plano, as Juntas de Freguesia poderiam ter um papel mais determinante nesta articulação. O que sucede actualmente é que as instituições duvidam das vantagens de participar na rede social e a distribuição racional dos equipamentos pelo território é factor fundamental para conseguirmos ter sucesso”, acredita.


Por fim, o Director da UDIPSS de Braga salientou que, à medida que as necessidades sociais se alteram, as IPSS têm de saber evoluir e adaptar-se às novas realidades do país. “Temos uma cobertura boa em termos de creches, mas a taxa de natalidade está a diminuir e nota-se o decréscimo na procura. Com o envelhecimento da população, é essencial que se encontrem respostas para a terceira idade e para combater o isolamento dos idosos, assim como para outros problemas que vão surgindo, como a necessidade de prestação de cuidados a doentes continuados”, enfatizou.

This entry was posted on 28 de maio de 2013. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

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