Ricardo Rio visitou Agência Nacional para a Gestão do Programa Juventude em Acção


Englobado num ciclo de contactos que os “Juntos Por Braga” têm vindo a promover com diversos agentes de diferentes áreas de actuação, cuja finalidade passa por desenvolver uma política de diálogo e proximidade, Ricardo Rio visitou a Agência Nacional para a Gestão do Programa Juventude em Acção, que está sediada em Braga. José Gonçalo Regalado, Director do Programa desde Novembro de 2012, acompanhou Ricardo Rio durante a iniciativa.

Como explicou José Gonçalo Regalado, a Agência tem como missão a gestão do programa comunitário “Juventude em Acção”, um programa da União Europeia para os jovens que pretende apoiar e promover a mobilidade dos jovens dentro e para além das fronteiras da União, a aprendizagem não formal, o diálogo intercultural e ainda a inclusão de todos os jovens independentemente do seu meio social, educacional ou cultura.

O líder do “Juntos Por Braga” salientou que a instalação da sede da Agência em Braga é crucial para manter uma série de recursos e de trabalhos que são desenvolvidos pela agência em ligação à comunidade local. “A localização da Agência no concelho é uma oportunidade tanto para o meio associativo, que pode beneficiar da vantagem da proximidade para esclarecer dúvidas e facilitar contactos, como para o próprio meio empresarial, com possibilidades de negócio com a Agência”, afirmou.

Para o Director da Agência Nacional de Juventude, a descentralização do país traz grandes vantagens, e ter a sede em Braga é ao mesmo tempo um desafio e um ato de gestão sensato e exigente. “Para além da sede em Braga, temos uma base mais pequena em Lisboa, porque reconhecemos que os jovens do Alentejo e do Algarve também merecem ter uma proximidade com a Agência. Mas é importante para o país que este tipo de estruturas se localize fora de Lisboa e que haja maior igualdade no país”, disse, evidenciando que a Agência dá prevalência a entidades de carácter local nos concursos que fazem, que vão desde viagens, materiais para distribuição, formação, parte hoteleira, etc. “A nossa presença na cidade permite-nos criar alguma economia local e ajudar o município e o concelho naquilo que são as suas entidades”, afiançou.  

Por outro lado, Ricardo Rio ficou a conhecer de forma mais exacta e detalhada as oportunidades de colaboração da Agência quer com as associações, quer com a autarquia, nomeadamente de organismos como o Conselho Municipal da Juventude, e não escondeu a sua preocupação pela inactividade registada até ao momento pela Câmara Municipal “Ficamos apreensivos pelo facto de termos constatado que esta é uma valência que não está a ser devidamente aproveitada, já que o recém-criado Conselho Municipal da Juventude, órgão que a autarquia tem vindo a negligenciar, não teve até ao momento nenhuma candidatura através da Agência nacional. “Esse é claramente um dos eixos que julgamos que deve ser explorado para o futuro e, nesse sentido, contamos estreitar o relacionamento com esta Agência”, garantiu.

Programa mais justo e dirigido para mais participantes

Por seu turno, José Gonçalo Regalado sublinhou que estes primeiros seis meses de gestão da Agência forma exigentes, porque tomaram em mãos um conjunto de desafios muito complicados. “A Agência tinha uma questão de sobrevivência funcional: havia um conjunto de pontos levantados pela Comissão Europeia de não conformidade que teriam de ser rapidamente revistas, sob pena de encerrarmos, desde a questão da alocação dos projectos, do número de pessoas que tínhamos alocadas à Agência Nacional, passando por questões de supervisão”, explicou.

O Director da Agência garantiu que forma definidas novas linhas orientadoras, sendo agora o programa dirigido para muitos mais participantes e para pessoas com poucas oportunidades, ao invés do que acontecia no passado, o que permitirá ainda que o país seja coberto por apoios financeiros na sua integridade. “A Agência estava a deixar de forma quase cabal metade do país sem fundos, que era o interior, e depois um conjunto de distritos urbanos congregavam 65% dos fundos. Essa é uma realidade que estamos a alterar para atribuir de um forma justa às associações juvenis e grupos informais de jovens as verbas necessárias para os seus projectos empreendedores”, enfatizou, notando que o principal desafio passa mesmo por fazer muito mais com o mesmo e garantir que a alocação e a distribuição das verbas e apoios são feitas de uma forma muito mais justa e incluindo muito mais pessoas com menos oportunidades. 

This entry was posted on 12 de maio de 2013. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

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