Theatro Circo deve ser epicentro da dinâmica cultural da cidade

Ricardo Rio visitou Theatro Circo

Inserido num ciclo de contactos que os “Juntos Por Braga” têm vindo a promover com diversos agentes de diferentes áreas de atuação, Ricardo Rio visitou o Theatro Circo, empresa participada pela Câmara Municipal, que detém a totalidade do capital social.

O líder do “Juntos Por Braga” salientou que a reunião com a administração do Theatro Circo foi “extremamente útil”, porque permitiu fazer um balanço alargado de vários aspetos que considerou “cruciais” para a atividade do próprio Theatro, desde o nível da programação, ao financiamento, passando pelas estratégias de promoção que têm sido seguidas.

“Aquilo que concluímos após esta visita é que, pese embora haja alguns dados positivos do trabalho que vem sendo realizado, há fundamentalmente um grande desafio pela frente, que passa por tornar esta estrutura cultural reconhecida como um local de destino natural para a população da cidade que tem apetência para a participação em atividades culturais”, sublinhou Rio, que enfatizou que este é um fator que atualmente não está a ser conseguido, já que se sente um “divórcio” entre a cidade e a própria região e o Theatro.

Segundo o candidato à Presidência da Câmara Municipal de Braga, é essencial que exista uma diversificação da programação e uma aproximação das estruturas locais ao Theatro, juntamente com uma promoção eficaz que vá ao encontro das exigências da generalidade dos bracarenses e de todos os que vivem neste território. “O grande desígnio que queremos alcançar passa por, sem canalizar muitos mais recursos para o Theatro, garantir quer este não é um eucalipto no meio do deserto, mas sim o epicentro de uma dinâmica cultural coletiva que efetivamente transforme a cidade de Braga neste sector, bebendo também das dinâmicas culturais que existem a nível local em vários domínios”, garantiu.

Ricardo Rio assumiu ainda o compromisso de manter a estrutura atual e os recursos humanos do Theatro Circo e de, dentro das possibilidades, reforçar essa mesma estrutura. “Esse é um desígnio com o qual nos comprometemos totalmente e nem sequer poderia ser de outra maneira. No futuro, consoante as carências que detetarmos, equacionamos o reforço da estrutura para cobrir essas necessidades”, afirmou.


Complementaridade estratégica na região é fundamental

Por seu turno, Rui Madeira, administrador do Theatro Circo, reforçou a importância deste tipo de iniciativas para que as forças políticas percebam os problemas e as dinâmicas destes equipamentos. “Mais informação e conhecimento permitirão ajudá-los a formar e a organizar um discurso de cidade para o qual nós todos lutamos, independentemente das posições que cada um possa ter a cada momento. Todos estamos imbuídos do espirito de melhorar as coisas e para isso não temos de ser da mesma opinião, pelo contrário, as diferenças é são de salutar”, disse.

O administrador apontou a necessidade de se olhar de uma forma mais vasta para o território do Minho para se poder definir de forma exata e coesa o funcionamento e objetivos do Theatro Circo e de todas os outros equipamentos culturais, defendendo uma complementaridade estratégica na programação. “Temos de perceber que cidade é que queremos. Estamos num fim de um ciclo e hoje o olhar que se tem sobre Braga é muito diferente do que acontecia há 20 anos atrás; tem de se ter obrigatoriamente uma perceção mais vasta de território”, acredita, evidenciando que após se anexar essa ideia de território, será muito mais fácil atingir a sustentação, racionar o financiamento e potenciar as capacidades de produção e programação.

Por fim, Rui Madeira destacou que as linhas estratégicas atuais do Theatro Circo passam principalmente pela valorização da criação artística nacional, pela ligação à Lusofonia e à Europa, nomeadamente à Galiza, e pela formação dos públicos.

This entry was posted on 8 de maio de 2013 and is filed under ,,. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

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