Câmara Municipal deve envolver associações na definição das políticas culturais

Ricardo Rio reuniu com Azeituna


Ricardo Rio, líder do “Juntos Por Braga”, esteve presente num ensaio da Azeituna, a Tuna de Ciências da Universidade do Minho. João Raminhos, Presidente da associação há cerca de um ano e um dos guitarristas do grupo, acompanhou Rio durante esta iniciativa.

Na ocasião, o candidato à Presidência da Câmara Municipal de Braga realçou que a Azeituna, criada em 1992, é um dos grupos culturais de referência da Universidade do Minho e até da cidade- “Todos conhecemos bem o valor artístico e o conjunto de iniciativas que esta associação tem desenvolvido, no sentido de oferecer aos Bracarense momentos lúdicos relevantes”, salientou, apontando o Festival Celta (Certame Lusitano de Tunas Académicas) - que se realiza anualmente desde 1993 e que nos últimos anos regressou à casa que o viu nascer, o Theatro Circo – como momento alto e mais emblemático da actividade cultural da Tuna.

De acordo com o Presidente da Azeituna, a associação está mais viva que nunca, apostando na diferença e na diversificação cultural. “Ultrapassámos os 20 anos de existência e continuamos a desenvolver a nossa actividade com enorme vitalidade, energia e com muitos projectos que queremos concretizar com o apoio do nosso público, da Universidade do Minho e das entidades públicas”, garantiu.

Por seu turno, Ricardo Rio sublinhou que o interesse dos “Juntos Por Braga” em intensificar a colaboração com a Azeituna no futuro. “Queremos que a própria Azeituna, indo ao encontro da vontade manifestada pelos seus elementos, seja cada vez mais envolvida na concepção das politicas culturais da cidade e na definição de novas iniciativas que possam ir ao encontro não só do público universitário, mas de todo o publico concelhio que tem interesse no trabalho da Tuna”, afirmou, considerando que existe uma janela de colaboração que tem de ser mais explorada e que levará no futuro a uma parceria “extremamente proveitosa”.



Criação de um Conselho Cultural seria benéfico


João Raminhos criticou a falta de actividade cultural na cidade e a pouca propensão da autarquia em ouvir as associações, sugerindo a criação de um Conselho Cultural que envolvesse as associações de Braga. “Tudo o que seja feito no sentido da nossa voz ser ouvida e tida em conta na tomada de decisões é positivo. Assim sendo, um espaço como um conselho cultural poderia permitir o trabalho em conjunto e trazer inúmeras vantagens para dinamizar o panorama cultural do concelho”, garantiu, adiantando que para a Azeituna os apoios da Câmara Municipal em termos de logística e de flexibilidade dos preços de aluguer do Theatro Circo seriam fundamentais: “Felizmente temos lotado a sala em todas as edições do Celta, mas se isso eventualmente não acontecer, e devido ao elevado custo do aluguer do espaço, ficaremos em dificuldades económicas”.

Nesse sentido, Ricardo Rio garantiu que dará todo o seu apoio à criação de um Conselho Cultural. “Sempre baseamos a nossa política no diálogo com os agentes e na procura de consensos, e é essa postura que queremos continuar a fomentar. O Conselho Cultural enquadra-se perfeitamente nos nossos objectivos de ouvir as associações e envolvê-las na construção de uma Braga melhor”, disse.

Para João Raminhos, é ainda importante encurtar a distância que separa o centro da cidade dos universitários. “Essa é uma das nossas preocupações e uma das razões pelas quais nos enche de orgulho organizar o Celta no Theatro Circo, atraindo várias pessoas que não frequentam a Universidade e chamando os estudantes à vida da cidade. Notamos que os públicos são muito diferentes consoante actuamos no centro ou na zona da Universidade e queremos contribuir para alterar essa situação”, enfatizou.

Por fim, o Presidente da Azeituna afirmou que a sede do grupo, situada no piso inferior do Bar Académico, começa a ser demasiado pequena para a actividade da associação. “Necessitamos de uma sede com melhores condições, porque esta acaba por funcionar como sala de ensaios mas também como armazém onde guardamos os instrumentos. Como se costuma dizer, está para aqui tudo ao monte e queremos uma sede maior para conseguirmos construir algo com condições”, concluiu. Sobre esse assunto, Ricardo Rio sugeriu que, dentro do esforço de aproximação da Universidade do Minho à cidade, fossem aproveitados espaços no centro para acolher estruturas estudantis como a Azeituna.

This entry was posted on 20 de junho de 2013. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

Leave a Reply