Tu, Presidente - Espaços Verdes



Esta semana recebemos vários contributos para mudar a política ambiental de Braga e criar mais zonas verdes. Ideias válidas e aplicáveis, como tem sido mote nesta rubrica que criamos para valorizar o projecto que vamos apresentar a todos os Bracarenses nas próximas eleições autárquicas. Muito obrigado a todos os que têm contribuido para esta iniciativa.

Rui Feio de Azevedo Para além da manutenção dos poucos espaços verdes da extensa zona urbana inserida no planalto que vai de Lamaçães a Dume, seria estratégico relançar a cidade para o vale do Cávado onde ainda é possível desenharem-se parques e corredores verdes e acalentar o sonho de muitos bracarenses de abraçar o rio Cávado. Com esta política a médio e longo prazo seria viável perspectivar uma cidade com a Baixa junto ao rio e a Alta do casco histórico, tal e qual Lisboa, Porto e Coimbra. Mas a esperança é a ultima a morrer, porque há responsáveis da autarquia a prometerem quatro grandes áreas verdes... a norte, sul, este e oeste da cidade! Eu pessoalmente só acredito nesta promessa se forem parques sintéticos e a preço de saldo. 

Manuela Pereira Partilho da opinião do Sr. Rui Azevedo. Ainda é possível a construção de uma zona verde para a nossa cidade. Sabemos que estamos num período difícil mas ainda iremos a tempo. Mais vale tarde que nunca. 

Elisio Vieira Caros Bracarenses o pouco que já deve ser difícil fazer mas com muito esforço TEM QUE SER FEITO é SALVAR as SETE FONTES e tornar está zona tipo um parque da CIDADE, mas cuidado com os interesses económicos dos proprietários e não deixar sair de lá nem mais uma PEDRA, atenção que BRAGA já tem Jardineiros a mais no quadro, não é só fazer JARDINS! boa noite 

Tomás River O problema é que com o desordenamento urbanístico de Braga, já não há uma área verde grande disponível (50 hectares no mínimo, mas o ideal seriam 100 hectares), para fazer um Parque Verde (como o Parque da Cidade do Porto), pois o concelho de Braga está todo ocupado por construção densa e dispersa. Braga é o exemplo de mau planeamento urbanístico. 

Ricardo Veloso Vila Nova de Famalicão está a tornar-se um exemplo nacional de como se pode transformar num território verde, parques, jardins, arborização obrigatória em todos os passeios, e ruas... Parque de Cidades contínuos... renaturalização e valorização das linhas de água e novo enquadramento... aumento da biodiversidade e valorização das espécies autóctones da região norte... etc etc... 

Luis Sancho Sobre a temática dos espaços verdes... 

1) ESPAÇOS VERDES (propriamente ditos )

1.1) Parques do Triângulo Turístico 

a) Começar as negociações com as Confrarias do Bom Jesus, Sameiro e Falperra (eventualmente também com a Câmara Municipal de Guimarães, já que parte da zona da Falperra parece pertencer a esse município) 

b) estabelecimento dum (ou mais) percurso(s) pedestre(s) que permitam passear desde a zona de Fraião até à Falperra, daí até ao Sameiro e requalificação do percurso daí para o Bom Jesus. 

c) promover, em colaboração com as competentes associações da cidade, a vigilância anti-incêndios e a reflorestação com árvores autóctones da área. 

1.2) Parque dos Arcebispos 

Na zona norte, estabelecer um «parque da cidade» - uma área tão grande quanto possível, que abranja terrenos agrícolas e não só, num projeto ambiental, cívico e associativo. 

1.3) Incredible Edibles - lançar este projeto às escolas e associações do concelho, potenciando o aproveitamento das várias 'nesgas' de terreno que ainda vai havendo pela cidade, como foi já feito em algumas cidades do Reino Unido, como Tomorden ( http://www.incredible-edible-todmorden.co.uk/; http://incredibleediblenetwork.org.uk/ ; http://www.youtube.com/watch?v=4KmKoj4RSZw

1.4) Outras zonas/parques menores 

a) parque do Vale d'Este na zona oriental do concelho? 

b) criação dum espaço verde por freguesia, com uma área mínima definida pela Câmara, onde podem estar também alguns equipamentos como coreto/área de espetáculos, parque infantil, bancos e mesas, zona de piquenique. Isto teria que ser muito bem controlado para evitar os exageros nos equipamentos. 

1.5) Proibir o abate de árvores com mais de 10 anos (exceto em caso de manifesto perigo ou doença), exceto pinheiros e eucaliptos e obrigar à reflorestação da mesma área com duas árvores por cada uma abatida, sendo pelo menos uma duma espécie autóctone (parte também dum plano ambiental de progressiva substituição dos eucaliptos que destroem os solos) 

1.6) promover concursos de 'embelezamento' das praças, ruas e casas da cidade, algo que potencia também o espírito de pertença 

1.7) Dinamizar as áreas verdes com atividades culturais, associativas e desportivas, de forma a recriar a típica ligação dos bracarenses com os seus espaços públicos, hoje tão limitados à típica 'festarola brejeira' (que também deve ter o seu espaço!). Por exemplo, oferecer Wi-Fi gratuito (com a devida salvaguarda do equipamento, claro) aos munícipes nos parques! 

1. Proibir em definitivo as «adaptações» e descaraterizações das áreas verdes existentes, como o Eng. Mesquita Machado se esmerou a fazer (particularmente na Av. Central) 

1.9) «Revigorar» o sistema de fontes da cidade (de preferência usando água «natural» e não dos serviços municipalizados. As fontes permitem tornar mais agradável o ambiente no verão e, em conjunto com espaços verdes (que deveriam totalizar no mínimo 20% da área da cidade...) formam um sistema de climatização natural.

1.10) progressiva substituição de plantas (especialmente relva!) por plantas de menor manutenção e maior resistência - além de tornar mais barata a manutenção, torna mais sustentável a área verde e mais utilizável (por exemplo, colocar uma grama espessa que permita caminhar sobre ela 

Outras sugestões ambientais: 

2) ENERGIA E LIXOS 

a) promover programas de redução de produção de lixos e de aumento da reciclagem (por exemplo, em certas zonas haver dias específicos para a recolha de certos resíduos porta-a-porta). 

b) estudos sobre a possibilidade de obtenção de energia a partir de resíduos (biomassa), do sol e geotermia e a eventual viabilidade económica do seu aproveitamento 

3) VIAS DE COMUNICAÇÃO 

a) automóvel - criar corredores de atravessamento da cidade, com sincronização dos semáforos, que permitam aos motoristas fazer uma condução sem grandes travagens ou acelerações, sempre rodeados de vegetação. 

b) bicicletas - Criar alguns eixos "clicáveis", com pistas para bicicletas, centrados nas escolas e nas Universidades bracarenses, com o necessário parqueamento, para potenciar o uso de bicicletas pelos estudantes - que, com sorte, levarão para a vida esse bom hábito. Naturalmente, será precisa alguma atenção ao relevo da nossa cidade... 

4) TRANSPORTES PÚBLICOS 

a) Repensar os transportes públicos, tornando o seu uso mais fácil e - se possível - mais barato do que a utilização do veículo próprio. 

b) Pensar a (re)criação de linhas de elétrico (ou metro de superfície, mais na moda no nome, ainda que sejam a mesma coisa na prática), por exemplo, ligando a Estação de Comboios ao Pórtico do Bom Jesus, passando pela Avenida Central e pela Universidade do Minho (ou pelo menos pelos "Peões", que já é próximo q.b.). 

ver o exemplo de Curitiba, no Brasil 
c) aderir - entusiasticamente! - à semana europeia sem carros, proibindo os carros no centro urbano MAS tornando grátis a utilização dos transportes públicos nessa ocasião. Ir repetindo a iniciativa em alguns dos pontos altos do ano - por exemplo, na véspera e dia de São João, no Enterro da Gata, no 1º de Dezembro, no 5 de Dezembro, etc. Isto permitirá que muita gente comece a conhecer o sistema. 

d) SIMPLIFICAR o esquema nas paragens de autocarro - a informação disponível deve ser compreensível para qualquer pessoa, utente novo ou calejado, munícipe ou visitante. 

5) PLANEAMENTO E CONSTRUÇÃO 

a) reformular completamente (ou provavelmente, criar de raiz) um planeamento urbanístico que «acabe» com áreas exclusivas para um tipo de atividade e MISTURAR áreas comerciais e de serviços com áreas residenciais; 

b) Promover a construção sustentável, especialmente os sistemas de reaproveitamento das águas pluviais para rega e para sistemas de «águas cinzentas» , sempre com ênfase nos materiais e técnicas tradicionais (evitando assim também a descaraterização dos edifícios) ( http://www.construcaosustentavel.pt ); 

c) OBRIGAR novos edifícios a serem ecologicamente sustentáveis - há técnicas de construção atualmente que permitem dispensar aparelhos de ar condicionado (por exemplo) sem prejudicar o conforto; 

d) condicionar a concessão de novas licenças de construção à renovação de edifícios históricos; 

e) obrigar à colocação de jardins e/ou praças ajardinadas por uma certa área de construção 

f) diminuir a impermeabilização dos solos devido ao uso de cimento e outros produtos, favorecendo o uso de materiais que permitam o escoamento das águas. 

g) limitação rigorosa do limite urbano, não permitindo construção de volume para além dele (ver ponto d) 

h) criação de eco parques industriais (viabilidade da reconversão das atuais zonas industriais?) 

Ideias são, claramente, muitas - as possibilidades também. Falta é começar a aplicá-las. Vamos a isto, Ricardo

Anabela Silva Lopes Eu tenho uma sugestão muito minha... Em minha opinião o centro de investigação tinha sido ao lado do McDonalds e onde foi construído. .. tinha-se aproveitado o lago da Bracalândia e com relva à volta. .. bancos de jardim e um conjunto de árvores mais um percurso pedonal... com prolongamento dos campos da rodovia era ouro sobre azul. Como já não e possível. Invertia o projeto e fazia um lindo parque da cidade junto ao Mac. Porquê ai? Ricardo, convido-o a passear ao fim de semana nestas zonas e ver a quantidade de famílias, amigos, grupos, etc, que escolhem esta zona da cidade para iniciar caminhadas ao Bom Jeus, etc... Claro haveria ainda espaço para o gado que há la... As crianças iam adorar. 

Vítor Gonçalves Juntar Quercus, áreas camarárias do ambiente, do planeamento e arquitectura paisagista, pegar num mapa e assinalar, depois de percorrer a cidade, todos os sítios a receber cada tipo de árvore, individualmente (por exemplo o nó de Infias merecia ali quantas árvores fosse aceitável plantar, entre as vias de acesso à Via rápida de Vila verde - nem que fossem do tipo arbustivo, ou menos frondoso, para não afectar a iluminação pública). Criar um guia da "boa poda urbana" para ser seguido pelos trabalhadores da Câmara. Não sei se estas ideias são exequíveis, mas são as que ainda não tinha visto defender. Parque Norte e Sete Fontes também, embora não sejam novidade da minha parte. Analisar o projecto e impedir ao máximo a betonização excessiva da Quinta dos Peões, perto da Universidade - a zona já é betonizada que chegue, na minha opinião. 

Paulo Lobarinhas Reabilitar, dar importância à memória e às pessoas. Vivemos pouco tempo e é bom que seja com equilíbrio e dignidade... Não devemos ter a mentalidade de querer viver este mundo e o outro... Gestão de espectativas, equilíbrio, dar importância as coisas pequenas,... que são grandes. 

Anabela Silva Lopes Esta zona da cidade tem sido escolhida por muitos para lazer e desporto. Em vez de construção... Ao lado o Mac. Era lindo um parque da cidade. Zona reservada aos Animais. Percurso pedonal. Bancos de jardim. Parquinho de crianças. Dois campos vólei... e muita imaginação com algumas árvores.

This entry was posted on 28 de abril de 2013 and is filed under ,. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

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