Ricardo Rio visitou Associação dos Antigos Estudantes da Universidade do Minho


Ligação entre a cidade e a Universidade do Minho deve ser desígnio prioritário 

Englobado no ciclo de contactos que tem vindo a ser levado a cabo pelo “Juntos Por Braga” com vários agentes do concelho de diversas áreas de atuação - e que tem por objetivo principal promover uma dinâmica de proximidade e diálogo com as forças vivas da cidade -, Ricardo Rio visitou a Associação dos Antigos Estudantes da Universidade do Minho (AAEUM). Francisco Pimentel Torres, Presidente da Associação desde Fevereiro, acompanhou Rio ao longo desta iniciativa. 

O líder do “Juntos Por Braga” salientou que este encontro se revestiu de grande importância estratégica, já que é “fundamental” que a Câmara Municipal estreite as relações com todos os agentes da Universidade do Minho. “E essas relações têm de ser estabelecidas com os que hoje participam ativamente na vida académica, mas também com os ex-alunos, que foram aqui formados e que hoje são agentes fundamentais do desenvolvimento do concelho nos vários domínios da sua intervenção profissional e social”, sublinhou. 

Como explicou Francisco Pimentel, o principal propósito da associação, que completa 24 anos em Setembro, passa mesmo por fazer a ligação entre a Universidade do Minho e a cidade. “A melhor maneira de atingir esse objetivo é envolver a autarquia, a UM, os agentes da cidade e a própria associação nesse desígnio”, disse, garantindo que atualmente se verifica um “divórcio” entre a autarquia de Braga e a UM, que muito prejudica a cidade. 

“É função de uma associação de antigos estudantes, que agora são parte integrante da comunidade desta cidade, ajudar a estabelecer essa ligação, fazendo crescer as relações e lutando para que o caminho seja o melhor”, garantiu Francisco Pimentel. 

Nesse sentido, Ricardo Rio reiterou que é essencial que a autarquia desenvolva uma parceria estratégica com a AAEUM, no sentido de potenciar iniciativas que apoiem estes antigos alunos e fortaleçam os projetos dos ex-alunos. “A autarquia tem de acompanhar a concretização desses projetos e auscultar esta associação para encontrar as melhores soluções, tirando proveito dos recursos de que a AAEUM dispõe”, acredita. 

Para Ricardo Rio, existem duas vertentes que devem ser tomadas em conta relativamente à relação da autarquia com a UM. “Primeiro, a Câmara Municipal tem de ter noção de que toda esta comunidade académica no ativo representa também cidadãos Bracarenses - alguns provisoriamente adquiridos - que merecem respostas cabais às suas necessidades, sejam elas em termos de segurança, mobilidade, animação cultural ou oferta lúdica para potenciar o seu envolvimento efetivo com a cidade”, apontou Rio, notando de seguida que, uma vez concluída essa formação académica, os antigos estudantes, representados pela AAEUM, são um foco determinante de “potencial crescimento, de atração de investimento e de dinamização da cidade que merece ser acarinhado e que merece estabelecer todo o tipo de colaborações com a autarquia para que isso seja o mais efetivo possível”.

Barreira política e física divide cidade e Universidade

O Presidente da AAEUM lamentou a muito pouca atenção que a autarquia tem dado à UM e sua comunidade, esquecendo assim um dos maiores motores de riqueza e crescimento da cidade. “Gostávamos de ver a UM ser tratada como prioridade pela Câmara Municipal, à semelhança do que acontece em Guimarães. A cidade teria tudo a ganhar com essa alteração na política municipal”, referiu. 

Francisco Pimentel considerou que, para lá da melhoria das relações entre autarquia e UM, é essencial que se corrija o erro urbanístico “inadmissível” que levou à construção da Avenida Júlio Fragata, que corta a própria Rua Nova de Santa Cruz e cria uma “barreira” entre a Universidade e o centro da cidade. “Essa Avenida isolou a zona universitária e complicou muito a ligação entre Universidade e a cidade. É uma barreira até simbólica daquilo que é a relação entre ambas. É urgente uma intervenção nesta zona que permita unir estas duas partes”, afirmou. 

A regeneração da Fábrica Confiança foi ainda apontada pelo líder da AAEUM como um fator extremamente importante para o futuro, sendo uma estrutura que pode funcionar como elo de ligação entre cidade e Universidade. “Depois há outras coisas, como fornecer transportes públicos eficazes e Internet livre nas praças da cidade para trazer os alunos até ao centro. Atualmente existem estudantes que, durante o tempo que passam na UM, praticamente nunca passam da Rua Nova de Santa Cruz, sendo que muitos deles não conhecem sequer o centro da cidade. É uma situação que prejudica gravemente Braga e que é urgente reverter”, reforçou. 

Por fim, Francisco Pimental acrescentou que o diálogo entre a AAEUM e a autarquia “pura e simplesmente” não existe. “Neste momento, nem sei se a autarquia sabe da nossa existência, mas da nossa parte estamos totalmente abertos e disponíveis para o diálogo. É importante inverter esta situação para que, futuramente, as nossas ideias cheguem à autarquia”, concluiu.


This entry was posted on 21 de abril de 2013 and is filed under ,,. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

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