Ricardo Rio visitou Universidade Católica de Braga


Autarquia deve manter uma relação de maior proximidade com Universidade Católica 

No seguimento de um ciclo de contactos com agentes da área educativa, que tem por finalidade estabelecer uma política de diálogo e proximidade, Ricardo Rio reuniu com João Duque, Presidente do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa. A iniciativa permitiu ao líder do “Juntos Por Braga” conhecer de forma mais detalhada a realidade da Universidade Católica em Braga, assim como os problemas com que se confronta. O Centro Regional de Braga lecciona onze licenciaturas e mais de 20 mestrados, contando com cerca de 1200 alunos inscritos, divididos entre as três Faculdades – Faculdade de Ciências Socias, Filosofia e Teologia. 

Rio lembrou que esta é uma das instituições universitárias de maior relevo na nossa cidade, sendo muitas vezes “esquecida” como um parceiro crucial no relacionamento que a autarquia deve manter com estas instituições. “Neste caso concreto, até porque os cursos aqui leccionados são muito vocacionados para a área local - seja no domínio do serviço social, seja na vertente de turismo ou na vertente artística - há inúmeras possibilidade de colaboração e enriquecimento do trabalho de parte a parte”, salientou o autarca do “Juntos Por Braga”, que sublinhou que esse é um trabalho que tem de ser aprofundado ao longo dos próximos tempos, para que a comunidade da região possa sair beneficiada. 

Nesse sentido, também João Duque reconheceu que a colaboração entre Universidade e autarquia pode e deve ser intensificada. “Há alguns projetos que já articulamos com a autarquia, mais ao nível do apoio social aos nossos alunos, especificamente os provenientes de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, e da segurança do espaço da Universidade. Mas a verdade é que temos possibilidades e material para impulsionar muitos mais projetos conjuntos com a autarquia que possam servir a população local”, afirmou. 

A juntar a isso, Ricardo Rio enfatizou que o facto de a Universidade Católica de Braga receber alunos estrangeiros nas suas licenciaturas obriga a Câmara Municipal a desenvolver condições de atratividade para esses alunos. “Temos de ter bem presente que, embora o grosso dos alunos da Universidade Católica seja natural de Braga, há uma parcela muito significativa de estrangeiros que começam a ingressar esta universidade, nos seus diferentes cursos. E seja ao nível da promoção da qualidade de vida de Braga, que julgamos ser um excelente argumento competitivo da nossa cidade, seja na criação de condições para que esses jovens se possam fixar no centro da cidade, cabe à autarquia a responsabilidade de trabalhar no sentido de fazer com que esses alunos apreciem a sua estadia em Braga”, disse Rio. 

Por seu turno, João Duque reforçou que os jovens provenientes de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa podem assumir um papel importante não só no meio académico, mas também na vida da própria cidade, assim a autarquia os consiga integrar. “Existem perspetivas de alargamento do número de estudantes provenientes desses países, sendo que no futuro podem constituir um grupo significativo e ter um papel interessante no desenvolvimento da cidade”, acredita.


Reorganização do Ensino Superior é um imperativo 

No que se refere à situação do Ensino Superior em Portugal, e em concreto no Centro Regional de Braga, João Duque notou que, com a diminuição do número de alunos - em consequência do problema demográfico que afeta todo o país -, se exige uma reorganização “urgente” do Ensino Superior e uma melhor articulação entre as instituições. “O primeiro desafio passo por esclarecer bem a relação entre o Ensino Politécnico e Universitário. Depois de bem definidos quais são os campos de atuação de cada um, é fundamental verificar se o Ensino tipicamente Universitário é, ou não, exagerado na oferta. Em algumas regiões será claramente exagerado, noutras eventualmente não”, acredita. 

No caso concreto da Universidade Católica de Braga, João Duque reforçou que a oferta e a presença desta Universidade devem ser pensadas em articulação com a Universidade do Minho, que ganhou uma expressão “enorme” na região: “Do ponto de vista do mercado, ou seja, dos alunos que se podem inscrever nos nossos cursos, é essencial trabalharmos em articulação clara com a Universidade do Minho, de forma a complementar o estilo de oferta de uma com a outra. De qualquer forma, a nossa Universidade, fruto do seu pendor religioso, tem uma oferta muito própria e de matriz diferente, apesar de alguns cursos serem da mesma área”. 

João Duque afirmou que, tendo em conta a procura e as próprias mudanças do mercado de trabalho, a Universidade Católica está já a reestruturar a oferta que disponibiliza aos seus alunos, estando a Reitoria a analisar a possibilidade de inserir uma outra área de saber fora das três Faculdades atualmente existentes. 

A concluir, Ricardo Rio afirmou que é fundamental que a Universidade Católica colabore de forma mais ativa com o meio em que está envolvida. “Queremos promover uma aproximação entre esta instituição e a cidade, e entre os alunos e o próprio meio empresarial. Essa é uma ligação muito importante para o crescimento da cidade em termos de inovação, conhecimento e competitividade”, finalizou.

This entry was posted on 10 de abril de 2013 and is filed under ,. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

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