Oportunidades de colaboração entre autarquia e AAUM devem ser aproveitadas
Ricardo Rio, líder dos “Juntos
Por Braga”, reuniu com o Presidente da Associação Académica da Universidade do
Minho (AAUM), Carlos Videira. Este encontro, no seguimento de outros contactos
efetuados com diversos núcleos estudantis e associações culturais da academia,
foi sobretudo uma oportunidade para se debaterem as oportunidades de
colaboração e parceria entre a Câmara Municipal e a AAUM e, de forma mais
ampla, para se reiterar a vontade de promover uma política de muito maior aproximação
entre a Universidade e a cidade.
De acordo com o candidato à
Presidência da Câmara Municipal, é fundamental que se percebam bem quais as
ambições que os estudantes da Universidade do Minho têm, para que a partir daí
se possam desenvolver iniciativas que deem respostas a essas pretensões. “É prioritário
identificar as imensas oportunidades de colaboração que existem entre a
autarquia, as Juntas de Freguesia e as estruturas da academia de forma a que se
efetue um trabalho conjunto que muitos benefícios trará tanto aos estudantes
como à cidade”, afirmou.
Por seu turno, Carlos Videira,
que tomou posse como Presidente da AAUM em Janeiro deste ano, enfatizou que a
associação está totalmente aberta e interessada em manter um espirito de maior
diálogo e proximidade com o executivo autárquico. “Existe uma colaboração
pontual a alguns níveis, sobretudo nos eventos de maior impacto, como é o caso
do Enterro da Gata. Mas há muito para fazer e seria importante que se
conseguisse aumentar o nível de colaboração e a frequência do diálogo”,
reforçou.
Para Rio, áreas como a cultura, o
apoio ao empreendedorismo, o reforço da empregabilidade ou o aproveitamento de
espaços públicos merecem uma maior atenção por parte da autarquia, que em
conjunto com a AAUM poderia desenvolver diversas iniciativas no sentido de dinamizar
estas componentes. “Há muitas oportunidades que podem e devem ser exploradas e
é esse rumo que os ´Juntos Por Braga´ pretendem seguir na próxima gestão
autárquica”, garantiu.
Também Carlos Videira reforçou
que no que se refere a assuntos como a fixação dos estudantes no centro, o
apoio social, a intervenção cultural dos diversos grupos culturais da UM, a
empregabilidade e o empreendedorismo ou as politicas de juventude, a AAUM tem um
pensamento transversal que inclui parcerias com os agentes locais e a autarquia.
“Queremos interagir com a nova gestão autárquica e com as forças vivas da
cidade no sentido de resolver problemas que existem, e que estão perfeitamente
identificados, e potenciar as oportunidades que se podem aproveitar e que
também estão à vista de todos”, disse.
Dívidas da CEJ mancham colaboração proveitosa
Nesse sentido, o Presidente da
AAUM destacou que a relação mais contínua que se estabeleceu com a Fundação
Bracara Augusta no ano da Capital Europeia da Juventude trouxe ótimos resultados,
mas lamentou que a mesma não tivesse continuidade. “Ao nível da cultura, saídas
profissionais e desporto organizamos atividades que tiveram grande impacto e que
serviram para aproximar os estudantes da própria cidade”, afirmou, recordando
que para além das questões mais ligadas à vida universitária, é também
responsabilidade da AAUM promover a integração dos estudantes na vida da
cidade.
Sobre esse assunto, o líder dos
“Juntos Por Braga” salientou também o papel muito importante da AAUM durante a
Capital Europeia da Juventude (CEJ), que durante o ano e através de várias
iniciativas enriqueceu o programa da CEJ “Tratou-se de um excelente exemplo da
mais-valia que uma maior integração da AAUM com a cidade pode trazer.
Infelizmente, é uma parceria que fica manchada pelo não pagamento atempado das
verbas contratualizadas por parte da Fundação Bracara Augusta”, lamentou Rio,
lembrando que esse atraso colocou a AAUM em sérias dificuldades financeiras:
“São episódios que no futuro não se podem repetir”.
Durante a reunião, foram ainda
abordados temas como a necessidade de maior segurança no campus, a escassez de transportes
públicos para as residências universitárias, a necessidade de redução de custos
de acesso ao Theatro Circo por parte das estruturas culturais da UM ou o
projeto da Quinta dos Peões onde ficaria localizada a sede da AAUM e que Carlos
Videira vê com “bons olhos”.
Por fim, Carlos Videira fez um
balanço extremamente positivo dos primeiros seis meses de Presidência da AAUM. “Temos
dado uma atenção especial á área social, tendo em conta o período de
dificuldades que o pais atravessa e que estende aos estudantes. Esse trabalho
teve bons resultados e refletiu se ao nível da decida de preços das senhas de
cantina, das senha de transporte, e do não aumento de propinas, o que acontece
pela primeira vez na UM”, assegurou.