Instituição desenvolve trabalho fundamental numa área onde existem poucas respostas sociais

Ricardo Rio visitou APPACDM


Ricardo Rio, líder dos “Juntos Por Braga”, visitou as instalações da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Braga (APPACDM) em Lomar, onde funcionam as valências de centro de actividades ocupacionais e lar residencial. Odete Dantas, Directora Técnica do complexo, outros elementos da direcção e Manuel Dias, Presidente da Junta de Freguesia de Lomar, acompanharam Rio nesta iniciativa.

Como explicou Odete Dantas, a APPACDM é uma IPSS que tem várias valências distribuídas pelo concelho de Braga. “Nestas instalações, criadas em 1996, acolhemos 20 jovens com deficiência moderada a profunda que frequentam o lar residencial, mais 16 que durante o dia estão nas actividades ocupacionais e à noite voltam para casa. Ao todo, são 36 jovens que apoiamos, sendo que contamos com cerca de 30 colaboradores”, adiantou.

De acordo com o candidato à Presidência da Câmara de Braga, esta é uma instituição que tem vindo a desenvolver um trabalho fantástico numa área onde as respostas sociais são ainda muito poucas face à dimensão do problema. “Foi com enorme gosto que visitamos esta valência da APPACDM, e é também uma forma de agradecermos o trabalho incansável que têm efectuado em prol dos cidadãos com deficiência, substituindo-se muitas vezes ao Estado e às próprias famílias”, elogiou, salientando o contributo essencial da APPACDM para o aumento do bem-estar e da qualidade de vida da população deficiente que auxilia.

Para o líder dos “Juntos Por Braga”, este é um sector que merece toda a colaboração por parte da autarquia. “Queremos que a Câmara Municipal apoie esta instituição através de acções concretas e respostas práticas e imediatas para algumas das dificuldades muito particulares que aqui se vão vivendo no dia-a-dia”, afirmou, enfatizando que seja do ponto de vista das infraestruturas, seja na ajuda para a concretização de determinado tipo de projectos, a autarquia deve ter um papel não só facilitador, mas também mobilizador de apoios. “É essa a determinação que nós temos e é nesse sentido que iremos trabalhar com as IPSS´s no futuro próximo”.

Por seu turno, Odete Dantas sublinhou que as grandes necessidades do complexo que lidera estão relacionadas com a manutenção do edifício. “Trata-se um equipamento que já tem alguns anos e, apesar de termos todo o tipo de cuidados com manutenção, ao fim deste período de tempo há sempre algumas estruturas que têm de ser melhoradas e remodeladas”, afirmou, enfatizando que a instituição passa por dificuldades económicas que são um obstáculo para a realização de um investimento desta dimensão.

A Directora Técnica do Complexo de Lomar garantiu ainda que são muito poucas as valências existentes no concelho para auxiliar os cidadãos portadores de deficiência mental. “A prova disso é que temos uma lista de espera muito grande para entrada em lar residencial, onde procuramos dar primazia aos jovens que já frequentam a instituição. Com o avançar da idade, torna-se muito complicado para as famílias tratar das pessoas com deficiência mental, já que os pais envelhecem e perdem condições físicas e mentais para tratar dos filhos”, alertou.

Por fim, Manuel Dias, Presidente da Junta, evidenciou que irá continuar a fazer o que estiver ao alcance das suas responsabilidades para apoiar a APPACDM “Dentro do que nos é possível, e enquanto responsáveis políticos, temos obrigação de ajudar e estar atentos às necessidades deste tipo de instituições, que estão ao serviço da comunidade e a trabalhar em seu benefício”, afirmou.

This entry was posted on 11 de julho de 2013. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

One Response to “Instituição desenvolve trabalho fundamental numa área onde existem poucas respostas sociais”

  1. Falta apoio real às IPSS ligadas à "diferença"

    A APPACDM de Braga merece o apoio de todos os bracarenses em geral. De toda sociedade. Em particular da Segurança Social que representa a tutela governativa. E, é claro, de todos os autarcas da cidade -sem excepção.

    Estas instituições absorvem população de todas as freguesias de cada cidade e, por vezes, até de outras de fora do concelho onde se inserem.

    Este apoio deve ser tido em conta, principalmente em momentos de dificuldade que o país atravessa, e que esta instituição em particular tem vindo a sentir.

    O que até agora temos assistido, junto destas instituições -são tão poucas e imprescindíveis à sociedade- é a variadas visitas pré-eleitorais que, depois, se esfumam na realidade diária.

    Os pais não duram sempre e padecem diariamente pela falta de apoio.

    A diferença deve ter um investimento sério e real no quotidiano da actividade do governo central e dos locais.

    Todas as autarquias devem ter isso em conta.

    Cumprimentos
    Mário Relvas

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