Centro de Formação é instrumento fundamental para combater o desemprego
No âmbito de um ciclo de contactos com vários agentes do concelho que atuam na área educativa, e que tem por finalidade principal desenvolver uma política de proximidade baseada no diálogo e na convergência de ideias, Ricardo Rio visitou a Unidade de Formação de Mazagão. António Pinheiro, Diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional de Braga desde Novembro de 2012, acompanhou Rio durante a visita. A entrada em funcionamento deste Centro de Formação Profissional ocorreu em 1989, tendo sido inaugurado em 1990.
O líder do “Juntos Por Braga” salientou que, na atual conjuntura económica, é fundamental que existam instrumentos que apoiem a qualificação dos recursos humanos e o espírito empreendedor, e que dessa forma permitam o reforço dos níveis de empregabilidade. “O trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Centro de Formação de Mazagão é extremamente importante, tendo vindo a dar uma resposta bastante positiva do ponto de vista do impacto dos formandos que por aqui passam no tecido económico local”, afirmou.
Rio afiançou que é essencial que se criem este tipo de respostas “rápidas e eficazes”, orientadas para a reconversão de ativos que estejam envolvidos em processos de reestruturação de empresas e para iniciativas de qualificação de potenciais empreendedores, dentro de uma lógica de ligação mais próxima com os grandes empreendedores do concelho e com a própria autarquia.
Como referiu António Pinheiro, o Centro de Mazagão tem atualmente em funcionamento mais de 40 cursos de aprendizagem, sendo que, por ano, passam à volta de 10 mil formandos nas diversas modalidades de Formação disponibilizadas. “São muitas pessoas e são números bem eloquentes da importância da formação profissional. Tendo em conta o flagelo do desemprego que afeta o país, esta é uma maneira de procurar a reconversão dos alunos e de lhes permitir terem saídas profissionais. Temos taxas de 80% a 90% de empregabilidade dos formandos que daqui saem”, garantiu.
Nesse sentido, o candidato à Presidência da Câmara Municipal de Braga registou que este é um trabalho que tem de continuar a ser incentivado e apoiado, especialmente no que se refere à articulação com o ensino tradicional, tutelado pelo Ministério da Educação. “É essencial que exista uma maior complementaridade entre o Centro de Formação e as instituições de ensino no nosso concelho. Atualmente são várias as Escolas que oferecem cursos profissionais, pelo que a existência de uma logica de parceria se justifica cada vez mais”, enfatizou.
Por outro lado, Rio notou que outro fator fundamental passa pela integração crescente da comunidade empresarial no Centro de Formação Mazagão, para que haja uma logica de resposta eficaz e imediata para aquilo que são as suas necessidades em termos de contratação a cada momento. “Esse é um trabalho que tem sido feito pelo Centro de forma notável, mas neste sector há sempre espaço para melhorar e alguma coisa mais a fazer”, reforçou.
Também António Pinheiro enfatizou a ligação do Centro de Formação às empresas, chamando a atenção para o facto de os formandos terem a “empregabilidade à porta”. “Aqui em Mazagão temos a vantagem de ter uma alta percentagem de colocações dos jovens, isto porque as empresas estão em sintonia connosco. É o nosso principal cartão-de-visita e agente de distinção, trabalhamos em sintonia com as empresas, que precisam e querem os nossos formandos”, sublinhou.
Oferta no Centro de Mazagão é vasta e variada
O Diretor salientou que o Centro de Formação dispõe de uma oferta “vastíssima” para oferecer aos seus alunos. “A oferta é tão grande que está perfeitamente de acordo com as características que deve ter um Centro desta natureza. Entre cursos de instalações elétricas, geriatria, jardinagem, cozinha ou pastelaria, temos várias vertentes que os formandos podem seguir”, afirmou, notando que o problema passa pelas pessoas quererem a oferta disponibilizada: “Em relação aos jovens, existe o problema de estes preferirem efetuar a sua formação nas Escolas situadas no centro da cidade. Nessa faixa etária há uma diminuição da procura dos nossos cursos, porque estes preferem ficar no centro, enquanto para aqui são obrigados a deslocar-se”.
Para além da variedade temática, Mazagão tem ainda uma oferta formativa extremamente diversificada em termos de regimes de formação e públicos-alvo. “Temos à disposição dos formandos, para além dos Cursos de Aprendizagem, Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA), Formações Modulares ou a modalidade de intervenção Vida Ativa, que pretende potenciar o regresso ao mercado de trabalho de desempregados, através de uma rápida integração em ações de formação de curta duração”, explicou António Pinheiro, afirmando que esta diversidade de respostas é fundamental para corresponder às diferentes necessidades da população, constituindo mais uma forte razão para que haja uma coordenação em rede e uma estruturação da oferta com as Escolas do concelho.
Por fim, Ricardo Rio fez questão de salientar que é preciso acabar com o “estigma” em relação à formação profissional. “Este é um tipo de formação que por algumas pessoas continua a ser olhado de lado. Felizmente essa é uma situação que se está a alterar, as pessoas têm de perceber que este é um caminho muito importante para combater o desemprego e dotar o nosso tecido empresarial de mão-de-obra qualificada”, concluiu.