Bom Jesus é património religioso e ambiental único no mundo




Ricardo Rio, líder do “Juntos Por Braga”, visitou o santuário do Bom Jesus do Monte, acompanhado pelo Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, e por Mário Paulo Pereira, Presidente da Sociedade de Hotéis do Bom Jesus.

A visita teve como principais objetivos perceber quais as necessidades atuais do Bom Jesus, cuja candidatura a património mundial da UNESCO está a decorrer, e de que forma a autarquia pode contribuir para melhorar as condições do espaço e atrair mais turistas para o visitar.

Segundo Ricardo Rio, o Bom Jesus é um dos maiores ativos a todos os títulos não só do concelho de Braga, mas também do país e do mundo. “Trata-se de um vastíssimo património religioso de que Braga tem a sorte de dispor, mas é ainda um espaço ambientalmente fantástico, um verdadeiro pulmão da cidade e Braga”, salientou.

De acordo com o candidato à Presidência da Câmara Municipal de Braga, este é um local que se deseja que consiga atrair cada vez mais visitantes: “E não falo apenas de turistas, mas também dos próprios bracarenses, que muitas vezes desconhecem a riqueza do próprio património”.

Para Ricardo Rio, é importante que se estabeleça com a Confraria do Bom Jesus, responsável pela conservação do espaço, com os responsáveis dos Hotéis do Bom Jesus e com a diocese no seu todo uma parceria ativa que permita a realização nesta instância de iniciativas de carácter cultural, desportivo ou de sensibilização ambiental. “A existência de uma componente animação traria por certo outra vida a este espaço. Isto teria de ser feito, claro está, sem pôr em risco o património existente nem a componente mais religiosa deste santuário”, sublinhou, garantido que se justifica que a Câmara Municipal participe de forma mais ativa na preservação e valorização do Bom Jesus.

Turismo religioso tem condições para crescer

Por seu turno, D. Jorge Ortiga enfatizou que há ainda um grande trabalho para realizar no Bom Jesus. “Temos diante de nós a candidatura a Património Mundial, que é pura e simplesmente uma ferramenta para podermos dar a conhecer este Santuário que considero único no mundo, tanto na sua dimensão religiosa, patrimonial e arquitetónica como do ponto de vista ambiental, com espaços verdes que são de uma riqueza impar e que precisam também de ser devidamente tratados para poderem estar ao serviço do bem comum”, adiantou.

O Arcebispo de Braga notou que, apesar das obras recentes a que o espaço foi sujeito, o templo, as capelas e também o próprio escadório têm necessidade de ser restaurados. “As obras são feitas aos poucos, de acordo com as verbas que temos disponíveis e sempre colocando a qualidade na preservação do monumento como prioridade. Preferimos fazer pouco e bem do que muito e mal”, reforçou.

Na opinião de D. Jorge Ortiga, o turismo religioso tem todas as condições para crescer e deve ser melhor aproveitado em Braga, não se podendo limitar somente a algumas festas ocasionais. “É preciso saber aproveitar aquilo que temos e fazer com que, no caso específico do Bom Jesus, as pessoas fiquem mais tempo e possam contemplar as maravilhas deste Santuário. Seria interessantíssimo que isso acontecesse”, finalizou.

Já Mário Paulo Pereira abordou de forma mais concreta a questão do turismo, evidenciando que interessa projetar a instância do Bom Jesus para fora, colocando-a nos roteiros mais variados roteiros turísticos e promovendo a imagem do Bom Jesus como a imagem mais forte de Braga. “Depois, é preciso complementar esse trabalho com uma agenda cultural muito rica que permita que não tenhamos apenas passantes e excursionistas, mas sim turistas, que fiquem, pernoitem e visitem a cidade inteira”, considerou.

Como o Presidente da Sociedade de Hotéis do Bom Jesus fez questão de referir, o Bom Jesus recebeu, no ano passado, cerca de um milhão e cem mil passantes. “Apesar de este ser um número de grande relevo, a verdade é que o tempo médio de estadia é muito curo.  Precisamos de uma programação cultural dentro da própria cidade de Braga, cujo corolário natural seja a visita historia a este espaço, e é fundamental ainda a criação de percursos pedonais para ciclistas, para a prática de desporto, para a visualização de fauna e flora, etc”, afirmou, ressaltando que dessa forma é possível fazer os turistas ficar durante “três dias, uma ou até duas e três semanas”.

Mário Paulo Pereira abordou ainda os problemas de segurança que se fazem sentir no santuário e pediu uma maior vigilância e atenção por parte das autoridades. “A iluminação desliga muito cedo, principalmente no verão, que é quando as pessoa frequentam a instância até horas tardias”, concluiu.

This entry was posted on 10 de junho de 2013 and is filed under ,,. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

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