Ricardo Rio e vários vereadores da coligação “Juntos Por Braga” visitaram os Transportes Urbanos de Braga (TUB), tendo sido acompanhados por Carlos Malainho, Presidente do conselho de administração dos TUB. De acordo com Ricardo Rio, esta foi uma excelente oportunidade para conhecer de “fio-a-pavio” as instalações da empresa e discutir as várias questões que contendem com a sua gestão. Rio mostrou-se preocupado com a sustentabilidade económico-financeira dos TUB. “Antes de mais, é fundamental garantir esse aspeto, porque só se isso estiver assegurado é que poderemos continuar a prestar um serviço de qualidade, a melhorar o desempenho, a recompensar os trabalhadores e a garantir o funcionamento desta empresa nos moldes atuais”, destacou.
Por outro lado, o candidato à presidência da Câmara de Braga salientou que é fundamental que a empresa continue a prestar um serviço público aos cidadãos, servindo toda a população do concelho nas suas necessidades de acesso ao trabalho ou deslocação para o centro da cidade. “Esse é um serviço que tem de ser prestado da forma mais cabal possível e, neste aspeto concreto, alertamos a empresa para as consequências que a presente reestruturação da rede tem provocado, dando eco dos muitos problemas que nos chegaram de diversas freguesias”, afirmou.
No entanto, o líder do “Juntos Por Braga” mostrou-se satisfeito com a abertura demonstrada pela administração para introduzir correções e melhoramentos nas opções que têm vindo a ser tomadas, de acordo com as reivindicações que sejam feitas por parte dos populares e que sejam encaminhadas para a administração.
Falta de planeamento urbanístico é obstáculo para os TUB
As dificuldades de acessibilidades e a falta de planeamento urbanístico da cidade também foram alvo de críticas por parte de Ricardo Rio, que considerou que estes são fatores que condicionam de forma inequívoca o serviço de transportes públicos. “Não é possível pensar os transportes sem pensar primeiro nessas questões. Braga cresceu de forma muito pouco amigável para os transportes públicos, o que condicionou muito as soluções que poderiam ser introduzidas do ponto de vista da mobilidade dos cidadãos”, enfatizou, sublinhando que é preciso combater essa realidade e melhorar, na medida, do possível essa situação: “Para isso, defendemos que sejam introduzidas novas formas de transporte no centro pedonal da cidade, que seja reforçada a aposta nas ciclovias e na utilização das bicicletas e que os transportes aumentam a sua eficiência, quer em termos de frequência de oferta de circulação, quer em termos de diversidade e cumprimento de horários”.
Esse foi um fator que mereceu a concordância de Carlos Malainho, que deixou um lamento pelas dificuldades provocadas pela inexistência de um planeamento urbanístico eficaz. ”Muitos dos problemas que surgem têm por base o planeamento da cidade. É extremamente complicado para nós encontrar soluções que sejam ao mesmo tempo eficazes e respeitadoras do princípio da rentabilização dos recursos”, afirmou.
Finalmente, durante a reunião foi também debatida a relação dos TUB com o poder central. Neste aspeto, Rio mostrou-se apreensivo com a “discriminação histórica” dos TUB relativamente às outras transportadoras de Lisboa e Porto. “Tanto Braga como as outras cidades do país merecem o mesmo tipo de investimento e o mesmo tipo de apoio que as transportadoras de Lisboa e Porto usufruem, e que acabam por favorecer diretamente os cidadãos, que dispõem de frotas renovadas e de condições de tarifários mais compatíveis”, concluiu.