Hoje foi tempo de celebrarmos a Universidade do Minho.
É tempo, também, de seguirmos uma política de verdadeira proximidade entre a cidade e a Universidade materializada em realizações conjuntas.
É tempo de ouvir e agir…é tempo de explorar sinergias criando riqueza.
É tempo de incentivar a criação de parcerias baseadas na diversidade, na confiança e em benefícios mútuos.
É tempo de assumir compromissos…Braga não pode desperdiçar a excelência, a inovação e a competência dos recursos formados e criados na nossa cidade…compromissos ancorados em projectos e que envolvam empresas de bens e serviços.
É tempo da cidade se empenhar em transmitir as necessidades das populações aos que gerem e aplicam o conhecimento.
É tempo de investir…
A Universidade: fornecendo informação, dados, aplicando resultados de investigação e visões de futuro no processo de desenvolvimento sustentável da cidade.
A cidade: proporcionando oportunidades e campo para a análise e materialização de políticas, planos, metodologias e tecnologias.
Ambas, contribuindo para a concretização de projectos comunitários de valor.
Por fim, devo também deixar uma palavra de admiração aos estudantes da Universidade do Minho. Numa época tão difícil a nível global como a que vivemos, é assinalável o seu sentido de responsabilidade social, não apenas nas suas intervenções e realizações, mas fundamentalmente na dimensão das suas causas, valores e ideais.
É tempo de incutirmos a mesma numa dimensão autárquica, partilhando os mesmos princípios de solidariedade, altruísmo, generosidade e bem comum.
É tempo dos agentes políticos locais não hipotecarem mais as oportunidades que a Universidade do Minho tem oferecido à cidade. É tempo de criar políticas atractivas no acesso às infra-estruturas sociais, culturais ou de lazer, políticas que facilitem a mobilidade dos jovens, políticas de regeneração urbana que favoreçam a sua fixação no centro da cidade e que potenciem todo o comércio local.
É tempo de não se hipotecar mais as gerações futuras da nossa cidade. É tempo de não se hipotecar mais Braga.
Ricardo Rio
Ricardo Rio